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Saúde

Febre maculosa faz novas vítimas na Grande BH

Adolescente de 17 anos está entre as duas pessoas que morreram em Matozinhos; número de casos confirmados em Minas chega a 29 em 2025

02/10/2025 às 10:20 por Redação Plox

O cenário da febre maculosa em Minas Gerais voltou a ganhar destaque com a confirmação de mais duas mortes provocadas pela doença na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Imagem Foto:


As vítimas, segundo informações do governo estadual, eram moradores de Matozinhos. Entre elas, um adolescente de 17 anos que chegou a ser hospitalizado em uma unidade de saúde da capital mineira, mas não resistiu. A informação foi confirmada pelo secretário de Estado da Saúde, Fábio Baccheretti.


Com esses novos casos fatais, o total de mortes por febre maculosa em 2025 chega a quatro em Minas Gerais. As duas primeiras ocorreram em Caeté, também na Grande BH. Além das mortes, o número de contaminações segue em ascensão: até agora, 29 casos já foram confirmados em todo o estado.


As cidades que concentram a maioria das ocorrências são Belo Horizonte (5), Itabira (4) e Santa Luzia (3). Outras cidades com registros incluem Matozinhos e Caeté (2 casos cada), além de Bambuí, Betim, Boa Esperança, Contagem, Itueta, Lagoa Santa, Ouro Preto, Paracatu, Pedro Leopoldo, Serranópolis de Minas, Serro, Varginha, Vespasiano e Volta Grande, todas com um caso confirmado.


Pedro Leopoldo, outro município da Grande BH, confirmou recentemente um novo caso. O paciente, um homem de 48 anos que vive em uma área rural, apresentou sintomas compatíveis com a doença e precisou ser hospitalizado. A suspeita é de que a infecção tenha ocorrido na própria residência. Após receber o tratamento adequado, o paciente se recuperou.


Segundo o Ministério da Saúde, a febre maculosa é causada por bactérias do gênero Rickettsia e transmitida por carrapatos, especialmente o carrapato-estrela. A doença tem evolução rápida e pode ser letal se não tratada a tempo.
“A taxa de letalidade é considerada alta e o tratamento deve ser iniciado assim que os primeiros sintomas surgirem, mesmo antes da confirmação laboratorial”, alerta o órgão

.

Na capital mineira, já foram notificados quatro casos da infecção neste ano. Três deles ocorreram fora da cidade, sendo considerados importados, e um foi registrado dentro dos limites de Belo Horizonte. Em 2024, o número de casos importados chegou a 11.


A Prefeitura de Belo Horizonte afirma manter ações contínuas de vigilância epidemiológica e conscientização da população, além de preparar os profissionais de saúde para o atendimento de casos suspeitos.


Diante da gravidade da situação, medidas emergenciais foram adotadas em algumas localidades. Em 19 de setembro, por exemplo, a Prefeitura de Caeté decretou situação de emergência em saúde pública após as mortes confirmadas no município. O decreto, com validade de 180 dias, impõe restrições como a suspensão de eventos em áreas rurais, autoriza compras emergenciais sem licitação e prevê a criação de um grupo especial para combater a doença.


Entre os sintomas mais comuns da febre maculosa estão febre alta, dores de cabeça intensas, náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal, dores musculares persistentes, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e solas dos pés. Em casos mais graves, podem ocorrer gangrena nos dedos e orelhas, além de paralisia dos membros, que pode afetar a respiração.


O tratamento está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e é realizado com antibióticos específicos. A medicação deve ser iniciada o quanto antes, e em alguns casos, a internação pode ser necessária. O protocolo prevê sete dias de tratamento, mantido por três dias após o fim da febre.


A prevenção ainda é a melhor estratégia contra a febre maculosa. Especialistas recomendam o uso de roupas claras e compridas ao circular por áreas de mata ou vegetação alta, além do uso de repelentes próprios contra carrapatos. É importante também verificar regularmente a presença do parasita no corpo e em animais de estimação. Caso o carrapato seja encontrado, ele deve ser retirado com pinça e muito cuidado, higienizando bem a área da mordida.


A retirada rápida do carrapato diminui significativamente as chances de infecção. Para evitar a propagação, recomenda-se também ferver as roupas utilizadas em ambientes de risco após o uso.

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