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O cenário da febre maculosa em Minas Gerais voltou a ganhar destaque com a confirmação de mais duas mortes provocadas pela doença na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
As vítimas, segundo informações do governo estadual, eram moradores de Matozinhos. Entre elas, um adolescente de 17 anos que chegou a ser hospitalizado em uma unidade de saúde da capital mineira, mas não resistiu. A informação foi confirmada pelo secretário de Estado da Saúde, Fábio Baccheretti.
Com esses novos casos fatais, o total de mortes por febre maculosa em 2025 chega a quatro em Minas Gerais. As duas primeiras ocorreram em Caeté, também na Grande BH. Além das mortes, o número de contaminações segue em ascensão: até agora, 29 casos já foram confirmados em todo o estado.
As cidades que concentram a maioria das ocorrências são Belo Horizonte (5), Itabira (4) e Santa Luzia (3). Outras cidades com registros incluem Matozinhos e Caeté (2 casos cada), além de Bambuí, Betim, Boa Esperança, Contagem, Itueta, Lagoa Santa, Ouro Preto, Paracatu, Pedro Leopoldo, Serranópolis de Minas, Serro, Varginha, Vespasiano e Volta Grande, todas com um caso confirmado.
Pedro Leopoldo, outro município da Grande BH, confirmou recentemente um novo caso. O paciente, um homem de 48 anos que vive em uma área rural, apresentou sintomas compatíveis com a doença e precisou ser hospitalizado. A suspeita é de que a infecção tenha ocorrido na própria residência. Após receber o tratamento adequado, o paciente se recuperou.
“A taxa de letalidade é considerada alta e o tratamento deve ser iniciado assim que os primeiros sintomas surgirem, mesmo antes da confirmação laboratorial”, alerta o órgão
Na capital mineira, já foram notificados quatro casos da infecção neste ano. Três deles ocorreram fora da cidade, sendo considerados importados, e um foi registrado dentro dos limites de Belo Horizonte. Em 2024, o número de casos importados chegou a 11.
A Prefeitura de Belo Horizonte afirma manter ações contínuas de vigilância epidemiológica e conscientização da população, além de preparar os profissionais de saúde para o atendimento de casos suspeitos.
Diante da gravidade da situação, medidas emergenciais foram adotadas em algumas localidades. Em 19 de setembro, por exemplo, a Prefeitura de Caeté decretou situação de emergência em saúde pública após as mortes confirmadas no município. O decreto, com validade de 180 dias, impõe restrições como a suspensão de eventos em áreas rurais, autoriza compras emergenciais sem licitação e prevê a criação de um grupo especial para combater a doença.
Entre os sintomas mais comuns da febre maculosa estão febre alta, dores de cabeça intensas, náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal, dores musculares persistentes, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e solas dos pés. Em casos mais graves, podem ocorrer gangrena nos dedos e orelhas, além de paralisia dos membros, que pode afetar a respiração.
O tratamento está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e é realizado com antibióticos específicos. A medicação deve ser iniciada o quanto antes, e em alguns casos, a internação pode ser necessária. O protocolo prevê sete dias de tratamento, mantido por três dias após o fim da febre.
A prevenção ainda é a melhor estratégia contra a febre maculosa. Especialistas recomendam o uso de roupas claras e compridas ao circular por áreas de mata ou vegetação alta, além do uso de repelentes próprios contra carrapatos. É importante também verificar regularmente a presença do parasita no corpo e em animais de estimação. Caso o carrapato seja encontrado, ele deve ser retirado com pinça e muito cuidado, higienizando bem a área da mordida.
A retirada rápida do carrapato diminui significativamente as chances de infecção. Para evitar a propagação, recomenda-se também ferver as roupas utilizadas em ambientes de risco após o uso.
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