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Diante do crescimento incomum nos casos de intoxicação por metanol no país, o Ministério da Saúde criou uma Sala de Situação para acompanhar a situação em tempo real e definir estratégias de resposta. A medida foi anunciada após o registro de 43 casos desde agosto, sendo a maioria deles em São Paulo, onde já houve uma morte confirmada.
Segundo dados do Centro Nacional de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS), entre os casos notificados, 39 ocorreram em São Paulo — com 10 confirmações, 29 ainda sob investigação e 4 descartados —, além de quatro casos suspeitos em Pernambuco. O que chama a atenção das autoridades é o número elevado em tão curto período: normalmente, o Brasil registra cerca de 20 casos ao longo de um ano inteiro.
“Estamos diante de uma situação anormal e diferente de tudo o que consta na nossa série histórica”, declarou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha
A recomendação às empresas, bares e consumidores é clara: evitar o consumo de bebidas sem rótulo, lacre de segurança ou selo fiscal. A adulteração com metanol é altamente perigosa e pode provocar sintomas como náusea, dor abdominal, alterações visuais e confusão mental entre 12 e 24 horas após a ingestão. A substância é extremamente tóxica e pode levar à morte se não houver tratamento imediato.
A Sala de Situação vai reunir técnicos de várias esferas, incluindo representantes dos Ministérios da Saúde, Justiça e Segurança Pública, Agricultura e Pecuária, além de órgãos como Anvisa, CONASS, CONASEMS, CNS e as secretarias de Saúde dos estados afetados.
O espaço funcionará de forma extraordinária enquanto persistirem o risco sanitário e a necessidade de resposta nacional. O objetivo principal será analisar os dados, organizar ações coordenadas e padronizar condutas clínicas frente aos casos suspeitos ou confirmados.
Uma nota técnica foi enviada a todos os estados e municípios nesta semana, determinando a notificação imediata de qualquer suspeita. Isso ajudará a rastrear a origem das bebidas adulteradas e permitirá o início rápido do tratamento, incluindo a administração do antídoto, o etanol médico, que deve ser manipulado sob controle e, em muitos casos, acompanhado de hemodiálise.
Atualmente, o país conta com 32 Centros de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox), nove deles no estado de São Paulo. Esses centros são essenciais no suporte a profissionais de saúde que lidam com pacientes intoxicados e também são referência em toxicovigilância.
Os sintomas devem ser considerados suspeitos principalmente quando surgem após a ingestão de bebidas alcoólicas e incluem persistência da embriaguez, desconforto gástrico ou visão turva. O Ministério da Saúde também disponibilizou um protocolo oficial no Guia de Vigilância em Saúde para padronizar o atendimento.
A investigação em andamento, coordenada pela Polícia Federal e órgãos de vigilância sanitária, já resultou em apreensões de bebidas, e o Procon-SP lançou canal exclusivo para denúncias. A orientação é que, diante de qualquer suspeita, a população procure atendimento médico e que os profissionais notifiquem os casos imediatamente aos sistemas de saúde.
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