Menu

Siga o Plox nas Redes Sociais!

Não perca nenhuma notícia que movimenta o Brasil e sua cidade.

É notícia? tá no Plox
Política
Publicidade PUBLICIDADE

Moro pede quebra de sigilo bancário de publicitária ligada ao PT

Senador quer investigar repasses milionários recebidos por Danielle Fontelles de empresário preso por fraudes no INSS

03/10/2025 às 20:06 por Redação Plox

Durante sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS realizada nesta quinta-feira (2), o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) solicitou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Danielle Miranda Fontelles, publicitária conhecida por sua atuação em campanhas do Partido dos Trabalhadores (PT), incluindo a que levou Dilma Rousseff à Presidência em 2010.

Imagem Foto: Agência Senado


Fontelles está no centro das atenções após movimentações financeiras envolvendo R$ 5 milhões, supostamente repassados pelo empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, mais conhecido como Careca do INSS. Atualmente preso, Antunes é investigado por seu envolvimento em fraudes relacionadas a descontos indevidos em benefícios previdenciários.


O senador argumenta que os repasses ocorreram em um período sensível, justamente quando a quadrilha envolvida nas fraudes atingia o auge de seus lucros. De acordo com Moro, essa coincidência temporal levanta fortes suspeitas sobre a origem dos recursos.
“A movimentação de valores expressivos, sem justificativa contratual clara e proveniente de indivíduo diretamente ligado a fraudes previdenciárias, demanda o rastreamento do fluxo financeiro com vistas a esclarecer a origem, a destinação e a eventual participação da publicitária na ocultação ou repasse de ativos ilícitos”

, afirmou.


Dados enviados pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) à CPMI revelam que as seis transações ocorreram entre 3 de novembro de 2023 e 13 de março de 2025, totalizando R$ 5 milhões. Esse período coincide com a fase mais lucrativa da organização criminosa que desviava valores de aposentados do INSS. Danielle Miranda Fontelles teria alegado que os montantes seriam referentes à venda de uma casa de praia em Trancoso, na Bahia, porém o negócio não teria sido concluído.


Na visão de Moro, a quebra de sigilo é essencial para esclarecer a compatibilidade dos valores com a capacidade financeira da publicitária, além de permitir o rastreamento de possíveis repasses a terceiros e identificação de mecanismos de lavagem de dinheiro.
“O direito ao sigilo fiscal, embora constitucionalmente protegido, não é absoluto, devendo ceder quando há justa causa, indícios consistentes de crime e necessidade de instrução investigativa, como no presente caso”

, ressaltou o parlamentar.


A publicitária foi líder da Pepper Comunicação Interativa, empresa que atuou em diversas campanhas eleitorais do PT. Com o avanço das investigações na CPMI do INSS, o foco agora se volta para esclarecer se os repasses de Antunes a Fontelles têm relação direta com as práticas criminosas que afetaram aposentados em todo o país.

Compartilhar a notícia

V e j a A g o r a