Usipa informa morte de pássaro Gralha-do-Campo após décadas de cuidados

Durante os anos em que viveu no Cebus, a Gralha-do-Campo tornou-se uma presença marcante e querida

Por Plox

04/04/2024 13h43 - Atualizado há 8 meses

No último fim de semana, o Centro de Biodiversidade da Usipa (Cebus) lamentou a morte da Gralha-do-Campo (Cyanocorax cristatellus), a ave mais idosa do zoológico. A ave, que chegou ao Cebus em 1990 já adulta, faleceu após décadas sendo cuidada com dedicação e carinho pelos tratadores e técnicos do centro.

Foto: Divulgação Usipa


 

Durante os anos em que viveu no Cebus, a Gralha-do-Campo tornou-se uma presença marcante e querida, especialmente entre as crianças que visitavam o local. Sua bela plumagem azul, preta e branca e seu canto característico e barulhento eram sempre motivo de encanto e admiração. A ave também foi testemunha de diversos "Projetos Xerimbabos" realizados no centro ao longo dos anos.

Nos últimos dois anos de sua vida, devido a problemas de saúde crônicos, a Gralha-do-Campo precisou ser transferida para o quarentenário do Cebus, onde recebeu acompanhamento diário. Ela enfrentava insuficiência renal e hepática, além de "gota úrica", condições que requeriam cuidados especiais e atenção constante.

A Gralha-do-Campo é uma espécie nativa dos cerrados e da caatinga brasileira. Onívora, sua dieta na natureza é bastante variada, incluindo frutos, insetos, sementes, bagas, pequenos répteis, ovos de outras espécies de pássaros e até aves domésticas. Com sua plumagem azul-escuro nas asas e dorso, cabeça e pescoço negros e partes inferiores brancas, a ave é também conhecida por sua íris vermelha. Ela pode alcançar até 35 cm de comprimento e pesar até 178g.

A morte da Gralha-do-Campo representa uma perda significativa para o Cebus e para todos aqueles que tiveram a oportunidade de conhecê-la e apreciá-la ao longo dos anos. Sua história e sua presença deixarão saudades, mas seu legado continuará vivo, inspirando o trabalho de conservação e cuidado com a biodiversidade que é realizado pelo centro. Lélio Costa e Silva, médico veterinário responsável pelo CEBUS, expressou seu profundo pesar pela perda. "A morte da Gralha-do-Campo é uma perda devastadora para todos nós aqui no CEBUS. Ela não era apenas uma ave, mas uma parte da nossa família. Cuidamos dela por tantos anos, vimos suas alegrias e enfrentamos juntos seus desafios de saúde. É difícil colocar em palavras o quanto estamos sentindo sua falta. Ela deixou um vazio em nossos corações que será difícil de preencher", lamentou.

 


 

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