Após quase um mês de paralisação, professores de BH encerram greve

Depois de 29 dias de paralisação, os professores da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte decidiram encerrar a greve. A definição ocorreu nesta sexta-feira (4/7), durante assembleia na Praça da Estação, no Centro da capital mineira, após uma nova audiência de conciliação promovida pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

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Durante a negociação, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) propôs um adicional de 2,4% como forma de recompor perdas inflacionárias entre 2017 e 2022, somado ao reajuste de 2,49% já oferecido anteriormente. A proposta levou a maioria da categoria a votar pelo fim da paralisação, embora o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal da cidade (Sind-Rede BH) tenha destacado que a decisão não foi unânime, com uma minoria expressiva defendendo a continuidade do movimento.

Ainda segundo o TJMG, o sindicato havia solicitado que o reajuste de 2,4% fosse pago retroativamente em 2025, mas a administração municipal argumentou que o orçamento só comporta esse pagamento a partir de fevereiro de 2026. O acordo também garantiu a devolução dos valores descontados dos salários dos grevistas, conforme anunciado pelo prefeito Álvaro Damião (União Brasil).

A PBH informou que encaminhará à Câmara Municipal um projeto de lei com o reajuste de 2,49%. A Secretaria Municipal de Educação (SMED), por sua vez, deverá estabelecer com os professores um cronograma para repor as aulas, com início ainda neste mês e ao menos nove dias de descanso garantidos.

Além das questões salariais, o vale-refeição foi reajustado para R$ 60 diários, e os servidores com carga horária inferior a oito horas passarão a receber R$ 18,75. A prefeitura também anunciou a contratação de 76 novos profissionais para reforçar o quadro de educadores.