Lula e presidente da Indonésia ignoram morte de brasileira em pronunciamento

Durante um encontro oficial no Palácio do Planalto nesta quarta-feira (9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu o chefe de Estado da Indonésia, Prabowo Subianto, para uma reunião que durou cerca de duas horas.

Foto: Presidência

O evento, marcado por declarações públicas ao final da reunião, teve como foco principal o fortalecimento das relações diplomáticas e comerciais entre Brasil e Indonésia. Lula destacou a semelhança de interesses entre os dois países, criticando o unilateralismo e classificações internacionais que, segundo ele, acentuam desigualdades entre nações desenvolvidas e em desenvolvimento.

“Brasil e Indonésia se opõem a classificações arbitrárias que desequilibram o comércio e aprofundam assimetrias entre nações desenvolvidas e em desenvolvimento”, afirmou o presidente brasileiro, ao lado de Prabowo, diante da imprensa.

No entanto, apesar da presença de jornalistas e do momento propício para tratar de assuntos bilaterais e atuais, nenhum dos dois líderes mencionou a morte da brasileira Juliana Marins. A jovem morreu no mês passado após sofrer uma queda enquanto fazia trilha no vulcão Rinjani, localizado no território indonésio.

A ausência de qualquer comentário sobre o caso causou estranhamento, principalmente entre brasileiros que acompanham o episódio com grande comoção. A expectativa era que o caso tivesse alguma menção oficial, mesmo que breve.

Ainda durante o encontro, Lula sinalizou que pretende realizar uma visita de Estado à Indonésia em outubro, aproveitando a cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), que acontecerá na Malásia. Prabowo, por sua vez, demonstrou entusiasmo com a parceria na área de defesa e comércio com o Brasil, e chegou a brincar com a ideia de organizar uma grande celebração para comemorar o aniversário de 80 anos de Lula durante a visita do brasileiro a Jacarta.