A política de gastos públicos adotada pelo governo tem sido alvo de preocupação entre especialistas, que apontam riscos à sustentabilidade econômica. Para analistas, o maior desafio está na condução da política fiscal, que pode comprometer o equilíbrio financeiro do país.

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No setor industrial, investimentos são fundamentais para impulsionar o crescimento. No entanto, ao longo de 2024, a distribuição desses investimentos variou: 44% foram direcionados para a construção, 38% para máquinas e equipamentos, enquanto 17% se concentraram em áreas como desenvolvimento de softwares e florestamento, de acordo com dados do IBGE.

A Confederação Nacional da Indústria reconhece os avanços proporcionados por políticas voltadas à reindustrialização e ao financiamento, mas reforça a necessidade de um controle mais rigoroso sobre os gastos públicos. Segundo a entidade, medidas que racionalizem as despesas e evitem custos adicionais são essenciais para evitar impactos negativos na economia.

O ano de 2024 apresentou sinais de uma economia aquecida, evidenciados pela inflação acima da meta e pelo crescimento das importações. O Banco Central, por sua vez, adotou uma política de elevação dos juros no fim do ano para buscar um equilíbrio.  

'Assim como em uma receita, há um ponto certo para a economia. Se os gastos saírem do controle, os riscos aumentam', afirma o economista Sergio Vale.

Nos últimos três meses de 2024, a atividade econômica registrou uma desaceleração, refletindo na redução do ritmo da indústria e dos investimentos. Apesar disso, o acumulado do ano foi positivo: os investimentos cresceram 7,3%, enquanto a indústria avançou 3,3%, marcando o melhor desempenho em três anos.

Para 2025, os economistas destacam que o cenário econômico dependerá de novos fatores, incluindo o impacto das condições climáticas sobre o agronegócio. Além disso, reforçam a necessidade de equilíbrio entre política fiscal e monetária para garantir um crescimento sustentável.