As bolsas da Ásia encerraram o pregão desta quinta-feira (10) com desempenho positivo, impulsionadas pelo anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reduzir por 90 dias as tarifas aplicadas a países que não responderam com medidas retaliatórias às ações comerciais norte-americanas.

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O clima de otimismo se espalhou também pela Europa, onde os mercados operaram em alta. A decisão de Trump, que chamou a medida de uma \"pausa\" no tarifaço iniciado dias atrás, representou um alívio para investidores, que temiam uma desaceleração global provocada pela guerra comercial.

Ao mesmo tempo em que recuou para uma tarifa de 10% sobre esses países durante o período, Trump endureceu o tom contra a China, determinando o aumento imediato da taxa de importação para 125% sobre produtos chineses. A medida é mais um capítulo na escalada comercial entre as duas potências, que teve início com o anúncio de tarifas em massa feito por Trump no início de abril.

Na ocasião, o governo dos EUA impôs sanções a 180 países, desencadeando uma série de reações. Antes da nova elevação, os produtos chineses já enfrentavam uma tarifa de 104%, que passaria a valer nesta quarta-feira (9). A China, em contrapartida, havia anunciado retaliação com aumento para 84% nas tarifas sobre produtos americanos.

No texto divulgado nesta quarta, Trump justificou a decisão destacando que $&& mais de 75 países procuraram representantes dos EUA para negociar soluções relacionadas a tarifas e barreiras comerciais, o que o levou a autorizar a redução temporária da taxa para esses parceiros comerciais $&&.

Já sobre a China, afirmou: $&& \"Com base na falta de respeito que a China demonstrou aos mercados mundiais, estou aumentando a tarifa cobrada da China para 125%, com efeito imediato. Esperamos que, em um futuro próximo, a China perceba que os dias de exploração dos EUA e de outros países não são mais sustentáveis ou aceitáveis\" $&&.

Enquanto as bolsas europeias e asiáticas encerraram o dia anterior em queda, por conta da expectativa negativa, os índices norte-americanos dispararam logo após o anúncio. Em Nova York, os mercados registraram as maiores altas diárias dos últimos anos.

No Brasil, a reação também foi imediata. O dólar, que vinha em alta pela manhã, recuou fortemente e terminou o dia com queda de 2,54%, cotado a R$ 5,84. Já o Ibovespa, principal índice da B3, teve valorização expressiva de 3,12%, fechando aos 127.796 pontos.

A movimentação reforça o impacto que as decisões do governo norte-americano seguem exercendo sobre a economia global, em um cenário cada vez mais marcado por tensões e negociações comerciais intensas.