Menu

Siga o Plox nas Redes Sociais!

Não perca nenhuma notícia que movimenta o Brasil e sua cidade.

É notícia? tá no Plox
Polícia
Publicidade PUBLICIDADE

Policial que matou jovem pelas costas é condenado e perde o cargo

Vinicius de Lima Britto, policial militar, recebeu pena em regime semiaberto por homicídio culposo e perdeu cargo após matar Gabriel Soares, de 26 anos, flagrado por câmeras ao furtar quatro pacotes de sabão.

10/10/2025 às 09:16 por Redação Plox

O policial militar Vinicius de Lima Britto foi condenado por homicídio culposo pela morte do jovem Gabriel Renan da Silva Soares, de 26 anos. O crime ocorreu no estacionamento de um mercado na Avenida Cupecê, na Zona Sul de São Paulo, em 3 de novembro de 2024. Britto recebeu pena de 2 anos, 1 mês e 27 dias em regime semiaberto. Ele também perdeu o cargo público e deverá pagar indenização de R$ 100 mil à família da vítima. 

Claro! Por favor, forneça a legenda original para que eu possa reescrevê-la.

Gabriel Renan da Silva Soares é morto por PM em frente a mercado na Zona Sul de SP — Foto: Reprodução

Execução flagrada por câmeras de segurança

A ação foi realizada em apenas sete segundos. Gabriel foi morto a tiros depois de furtar quatro pacotes de sabão. A situação foi registrada por uma câmera do estabelecimento. Inicialmente, o policial respondia pelas qualificadoras de motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. No entanto, foi condenado por homicídio culposo após a decisão do júri.

Julgamento e decisão judicial

O julgamento aconteceu no Fórum Criminal da Barra Funda, com júri formado por quatro mulheres e três homens. A sala estava lotada e o público no plenário foi dividido: de um lado, familiares e colegas do policial, todos à paisana com camisetas pretas; do outro, a família da vítima. Os pais de Gabriel se emocionaram e deixaram o local antes da leitura da sentença.

Testemunhos e depoimentos marcantes

Sete testemunhas foram arroladas, mas apenas três foram ouvidas ao longo da sessão. O primeiro depoimento foi do funcionário do mercado, testemunha protegida, o que exigiu a retirada de réu e público do plenário durante seu relato.

Na sequência, falou Silvia Aparecida da Silva, mãe de Gabriel, que relembrou as dificuldades enfrentadas pelo filho:

Para mim foi um choque saber o que tinha acontecido com o meu filho. É difícil a ausência, saber que ele foi assassinado tão brutalmente. – Silvia Aparecida da Silva

Silvia contou também que Gabriel lutava contra o vício em drogas e buscava tratamento. No dia em que foi morto, Gabriel pediu ajuda para internar-se em uma clínica gratuita, mas não houve tempo para iniciar o tratamento.

O pai da vítima, Antônio Carlos Moreira Soares, também teve momento de forte emoção ao recordar a convivência com o filho, com o qual trabalhava em entregas. O depoimento foi interrompido algumas vezes devido ao abalo emocional.

“Estou vivendo de remédio para depressão e ansiedade. Tiraram tudo de mim. Gabriel era tudo para mim. Tenho mais dois filhos, mas o Gabriel era tudo para mim, trabalhava comigo fazendo entrega”, desabafou, emocionado.

Reprovação em exame psicológico e dinâmica do crime

Vinicius Britto já havia sido reprovado no exame psicológico do concurso da Polícia Militar em 2021 por apresentar inadequação nos critérios de relacionamento interpessoal adequado, capacidade de liderança e controle emocional.

Durante interrogatório, Vinicius relatou que estava no caixa comprando um maço de cigarro quando ouviu, do lado de fora, um barulho e a frase “sai fora que estou armado”. O policial admitiu não ter presenciado o furto dos pacotes de sabão, mas afirmou que Gabriel mantinha a mão no bolso do casaco e, por isso, acreditou que o jovem estivesse armado e que se tratava de um roubo.

Segundo seu relato, o corpo de Gabriel estava posicionado lateralmente. Após efetuar os disparos, Vinicius se abrigou atrás de uma coluna do mercado temendo que Gabriel reagisse. Depois de perceber que o jovem estava desarmado e ferido, enviou mensagem a um grupo de WhatsApp de policiais militares integrado ao Centro de Operações da Polícia Militar.

No fim do interrogatório, Vinicius reconheceu sua imprudência diante dos jurados.

Compartilhar a notícia

V e j a A g o r a