O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou que pretende impor uma taxa de 25% sobre o aço brasileiro, mas, até o momento, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e as principais entidades industriais do Brasil não se pronunciaram oficialmente sobre o tema. 

A medida reacende preocupações no setor siderúrgico, que já enfrentou uma política semelhante durante o primeiro mandato de Trump.

Indústria avalia impactos antes de reagir

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) informou que só se manifestará caso a taxação seja oficialmente implementada pelo governo americano. Já a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) está em conversas com representantes do setor para avaliar as consequências dessa possível medida para as exportações brasileiras.

Empresários do setor siderúrgico aguardam mais detalhes sobre a política comercial de Trump, lembrando que, em seu primeiro governo, o republicano impôs uma taxação semelhante, mas posteriormente flexibilizou a cobrança devido ao volume expressivo de aço exportado pelo Brasil. Além disso, muitas empresas brasileiras possuem operações siderúrgicas nos Estados Unidos, o que pode influenciar as negociações.

Lula defende "reciprocidade", mas evita comentário sobre Trump

Apesar de ter declarado recentemente que o Brasil adotaria medidas de "reciprocidade" caso enfrentasse barreiras comerciais, o presidente Lula optou por não comentar a nova decisão de Trump. Segundo informações apuradas, o governo brasileiro ainda avalia qual será a melhor estratégia para lidar com a possível taxação.

A postura cautelosa das autoridades e entidades industriais indica que o Brasil busca entender melhor os detalhes da decisão americana antes de definir qualquer resposta. Enquanto isso, a taxação proposta por Trump já gera preocupações no setor, que teme impactos diretos na competitividade do aço brasileiro no mercado internacional.