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O economista e delegado municipal de Jandira, Wanderson Castro, trouxe uma análise detalhada sobre o atual estágio do mercado de carros elétricos no Brasil. Segundo ele, embora o segmento já apresente maior consolidação, ainda enfrenta uma série de discussões e entraves, que vão muito além da simples troca da matriz energética no transporte.
Um dos principais argumentos a favor dos veículos elétricos continua sendo a questão ambiental. A redução das emissões nos centros urbanos tem impacto direto na qualidade do ar, beneficiando especialmente grandes cidades. Apesar do impacto ambiental envolvido na produção e descarte das baterias, o uso do veículo em si representa uma alternativa mais limpa em comparação aos modelos a combustão.
Outro ponto positivo apontado por Castro é o custo reduzido por quilômetro rodado. Dentro das cidades, esse tipo de carro se mostra mais eficiente, principalmente por utilizar a frenagem regenerativa, que recarrega parcialmente a bateria a cada desaceleração. Além disso, os elétricos exigem menos manutenção, com menos componentes móveis, sem necessidade de troca de óleo ou correias, e ainda contam com incentivos fiscais, como a isenção de IPVA em alguns estados brasileiros.
No entanto, os desafios para expansão desse modelo são diversos. A infraestrutura de recarga ainda é bastante limitada fora dos grandes centros, o que inviabiliza viagens médias e longas — um hábito comum do consumidor brasileiro. Castro compara com a China, onde há uma rede densa de carregamento e o transporte coletivo de massa é mais utilizado para longas distâncias, ao contrário do Brasil, onde o carro particular ainda predomina.
Essa limitação se agrava com a perda de autonomia dos carros elétricos em rodovias. Um modelo que percorre 400 km na cidade pode não alcançar 250 km na estrada, especialmente com o carro carregado e o ar-condicionado ligado. Para Castro, esse é um fator crucial que precisa ser superado para atender às necessidades do motorista nacional.
O pós-venda também é uma preocupação recorrente. Apesar de exigirem menos manutenção, há escassez de profissionais qualificados e peças específicas. Isso impacta diretamente na depreciação dos veículos. Modelos de entrada, como os da marca BYD, já apresentam quedas acentuadas de valor em pouco tempo, refletindo uma obsolescência rápida, semelhante ao que ocorre no mercado de celulares.
Essa rápida evolução tecnológica nos carros elétricos acaba penalizando os modelos anteriores, que ficam defasados em termos de software e sistemas embarcados. Essa situação representa um risco para o consumidor brasileiro, que geralmente mantém o carro por longos períodos.
O perfil cultural do brasileiro também impõe barreiras à popularização desses veículos. Em geral, o consumidor nacional busca carros versáteis, com porta-malas amplos e capacidade para longas distâncias, mesmo que a maioria dos trajetos do dia a dia seja feita com poucos ocupantes. Essa versatilidade, segundo Castro, entra em conflito com a proposta mais urbana e limitada dos modelos elétricos atuais.
Apesar de já existirem incentivos fiscais e novos modelos mais acessíveis chegando ao mercado, Wanderson Castro acredita que os carros elétricos não substituirão os de combustão. Para ele, trata-se de uma alternativa paralela, que representa uma revolução no transporte, mas que ainda exige avanços em infraestrutura, tecnologia e adaptação cultural para ser plenamente incorporada ao cotidiano do brasileiro.
“O carro elétrico não veio para substituir, mas sim para coexistir com os veículos tradicionais. É uma solução que nos convida a pensar no bem-estar, no meio ambiente e em como podemos melhorar nossa relação com a mobilidade”, conclui Castro.
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