Tarcísio propõe união para enfrentar tarifas dos EUA

Durante um evento realizado neste sábado (12) no município de Cerquilho, interior de São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) defendeu uma mobilização conjunta entre estados e o governo federal para lidar com as consequências da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.

Foto: Agência Brasil

Em entrevista à emissora local TV TEM, Tarcísio destacou que o momento exige cooperação entre os entes federativos, além de ações diplomáticas coordenadas. Segundo ele, a medida anunciada por Donald Trump afeta diretamente setores relevantes da economia nacional e pode causar danos expressivos, especialmente à economia paulista.

\"Acho que é um momento que demanda união de esforços, demanda sinergia, porque é algo complicado para o Brasil, é algo complicado para o segmento da nossa indústria, do nosso agronegócio\"

Ele também pontuou que o governo de São Paulo tem participado ativamente das negociações, fornecendo informações técnicas que ajudam a demonstrar os impactos econômicos provocados pela nova taxação.

– A gente procura mostrar o cenário da economia paulista, os números para fortalecer tomadas de decisão. Vamos ver se a gente consegue resolver isso no intuito de contribuir com a informação – disse Tarcísio.

A nova tarifa, segundo especialistas, pode afetar cadeias produtivas ligadas à aviação, agropecuária e indústria. São Paulo, que responde por mais de 30% das exportações brasileiras aos Estados Unidos, tende a ser o estado mais atingido pela medida, cuja entrada em vigor está prevista para o dia 1º de agosto.

A expectativa do governo paulista é de que o diálogo internacional consiga reverter a decisão antes que os prejuízos se consolidem. Para isso, a aposta está na articulação entre estados, diplomatas e o governo federal, com base em dados concretos sobre os efeitos da taxação no comércio bilateral.

Tarcísio encerrou sua fala reforçando o papel do estado no enfrentamento da crise: “Vamos deixar a polarização de lado e trabalhar para preservar o que é mais importante: a nossa economia.”