O império construído por Sean Combs, também conhecido como Puff Daddy ou P. Diddy, ícone do rap nos anos 1990, ruiu diante de um dos maiores escândalos da história do entretenimento americano. O artista, que por décadas foi símbolo de luxo, fama e poder, encontra-se hoje atrás das grades, aguardando julgamento marcado para o dia 5 de maio de 2025. Caso seja condenado, poderá passar o resto da vida na prisão.

O documentário \"Diddy: Como Nasce um Bad Boy\", exibido no último domingo (13) pelo programa Fantástico e disponível na plataforma Globoplay, traz à tona detalhes chocantes sobre a vida oculta do rapper. As festas promovidas por ele em sua mansão de vidro, conhecidas como \"festas brancas\" — onde todos os convidados vestiam roupas da mesma cor —, reuniam algumas das figuras mais proeminentes do showbiz, incluindo nomes como Donald Trump, Beyoncé, Jay-Z, Leonardo DiCaprio e Will Smith.

Contudo, o glamour desses encontros escondia um universo perturbador. Segundo o documentário, os eventos eram cenário de práticas criminosas, com relatos de consumo de drogas, orgias e até tráfico sexual de menores. Uma advogada entrevistada afirma ter reunido provas contundentes dos crimes praticados nesses encontros.

\"Trata-se da figura mais poderosa na indústria da música e uma das pessoas mais poderosas nos Estados Unidos. Então, este é um caso de enorme proporção\", destacou Lisa Bloom, que representa uma das vítimas

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Em 2005, Diddy iniciou um relacionamento com a cantora e modelo Cassie Ventura, mesmo ainda mantendo laços com Kim Porter, mãe de seus filhos. Kim morreu em 2008, após ser diagnosticada com pneumonia. A partir daí, segundo testemunhas, o controle exercido por Diddy sobre Cassie teria se tornado ainda mais severo.

Atualmente, Cassie figura como uma das principais testemunhas no processo contra o ex-namorado. Um vídeo de 2016, captado por câmeras de segurança em um hotel de Los Angeles e tornado público apenas em 2024, mostra o rapper agredindo Cassie com socos e pontapés. Além da violência física, ela o acusa de abuso sexual, violência psicológica e controle absoluto sobre sua vida. Em seu relato, a cantora afirma que era forçada a manter relações com garotos de programa e a consumir substâncias ilícitas fornecidas por ele.

O caso continua gerando repercussão mundial e acende um alerta sobre o lado obscuro da fama, poder e silêncio em torno de figuras influentes da indústria do entretenimento.