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Após ultimato de Trump, Putin mantém guerra na Ucrânia e ignora pressão

Deslize para os lados

Presidente dos EUA ameaçou impor novas sanções se conflito não for encerrado em 50 dias, mas não houve resposta de trégua por parte da Rússia

15/07/2025 às 11:58 por Redação Plox

A resposta da Rússia ao ultimato imposto por Donald Trump surgiu nesta terça-feira (15), marcada por um tom cauteloso, mas ao mesmo tempo desafiador. O presidente norte-americano havia dado 50 dias para que Vladimir Putin encerrasse a guerra na Ucrânia, ameaçando impor novas sanções caso o conflito persistisse.


Imagem Foto: Reprodução


De acordo com o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, a proposta americana é \"séria e demanda tempo para análise\". Ele ressaltou que os sinais emitidos por Washington e Bruxelas indicam a intenção de manter o conflito, apontando que os países europeus parecem dispostos a continuar lutando por procuração. A declaração ocorreu um dia após o anúncio feito por Trump ao lado de Mark Rutte, secretário-geral da Otan, na Casa Branca.


Além disso, Peskov afirmou que Putin poderá se manifestar pessoalmente caso ache necessário e reforçou que Moscou ainda aguarda a resposta de Kiev para uma possível terceira rodada de negociações diretas.



Enquanto isso, o vice-chanceler russo Serguei Riabkov, conhecido por ser o principal negociador nuclear da Rússia e especialista em relações com os Estados Unidos, enfatizou que o país está pronto para dialogar, mas não sob coerção. A escolha de Riabkov como interlocutor da crise carrega simbolismo político e estratégico.


Dentro da Rússia, a repercussão foi ambígua: o mercado financeiro reagiu positivamente, com a Bolsa de Moscou registrando alta. Em contrapartida, políticos mais conservadores criticaram o gesto de Trump. Dmitri Medvedev, ex-presidente russo, classificou o ultimato como uma encenação teatral.



Trump, por sua vez, comentou em entrevista à BBC que está \"desapontado com Putin, mas ainda não desistiu dele\". Paralelamente, o chanceler russo Serguei Lavrov reuniu-se com o líder chinês Xi Jinping em Pequim, buscando apoio em meio à tensão.


As negociações anteriores entre EUA, Rússia e Ucrânia não avançaram. Enquanto Zelenski exige um cessar-fogo para iniciar o diálogo, Putin condiciona qualquer trégua ao cumprimento de suas exigências: reconhecimento da anexação de quatro territórios, neutralidade militar da Ucrânia e realização de eleições sob sua supervisão.


Trump, que antes chegou a demonstrar simpatia por Putin, passou a adotar tom crítico. Apesar de suspender temporariamente o envio de armamentos para a Ucrânia, o apoio foi retomado antes do ultimato. As punições prometidas por Trump incluem novas sanções, envio de mais armamentos e tarifas comerciais de até 100% contra a Rússia e seus parceiros comerciais.



Entre os países que podem ser afetados pelas sanções estão China, Índia, Turquia e Brasil. Em junho, os chineses compraram 47% do petróleo russo, enquanto os indianos adquiriram 38%. Na comercialização de óleo diesel, a Turquia levou 26%, a China 13% e o Brasil 12% da produção russa.


No caso brasileiro, a situação se agrava com o anúncio de Trump de que poderá aplicar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros a partir de agosto. A medida tem motivação política e estaria relacionada à pressão para impedir o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, o que tem gerado atrito com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.


Trump também se comprometeu a fornecer mais sistemas de defesa antiaérea Patriot à Ucrânia, através de um acordo com países ricos da Otan, que arcariam com os custos junto aos EUA. Há dúvidas, no entanto, se ele também pretende enviar armamentos ofensivos. Segundo o jornal Financial Times, Trump chegou a questionar Zelenski, em ligação no início de julho, se Kiev atacaria Moscou caso tivesse os recursos. O ucraniano teria respondido afirmativamente, embora o episódio não tenha sido confirmado publicamente.


Na prática, os combates continuam. Novos bombardeios foram registrados em diversas regiões da Ucrânia durante a noite, sendo o mais grave um ataque com drones ucranianos em Voronej, cidade ao sul de Moscou. O episódio deixou ao menos 16 feridos, incluindo uma pessoa em coma.



A guerra segue sem solução clara no horizonte, com os próximos dias sendo decisivos para definir o peso das ameaças feitas por Trump e a real disposição de Putin em responder à pressão internacional.



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