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Um relatório divulgado pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), em parceria com a Hoper Educação, revelou uma queda nas matrículas do ensino superior privado em 2025, com destaque para o desempenho negativo da modalidade de ensino a distância (EAD) online.
Nos seis primeiros meses do ano, o ingresso de novos alunos caiu em três desses períodos, quando comparado ao mesmo intervalo de 2024. A modalidade EAD online foi a mais impactada, apresentando retração em cinco dos seis meses analisados. Apenas em maio houve alta, com crescimento de 16%.
O estudo segmenta o setor em três categorias: ensino presencial, EAD semipresencial e EAD online, com base no nível de presencialidade. Apesar das dificuldades enfrentadas pelo modelo online, o ensino presencial demonstrou alguma resistência, com queda nos meses de janeiro (-5%), fevereiro (-3%), abril (-2%) e junho (-1%), mas registrando leve recuperação em maio (+4%). Esse comportamento aponta para uma possível retomada do interesse por essa modalidade tradicional.
Segundo os especialistas, o formato presencial mantém sua relevância por ainda ser associado à qualidade acadêmica e à experiência universitária no campus. Já o EAD semipresencial manteve-se estável, com tendência de crescimento leve.
O levantamento foi realizado com base em informações de 311 instituições privadas, responsáveis por 46% dos ingressantes e 36% do total de matrículas no Brasil. A pesquisa tem abrangência nacional, margem de erro de 5% e 95% de grau de confiança, refletindo diversas realidades regionais.
Outro ponto de destaque do relatório foi o impacto das mudanças regulatórias no curso de Enfermagem. Desde maio de 2025, está em vigor uma norma que proíbe a oferta da graduação na modalidade EAD, restringindo-a exclusivamente ao formato presencial. A medida rompe com a tendência observada entre 2017 e 2023, período em que a participação da EAD saltou de 10,1% para 61,2% entre os ingressantes da área.
Com a nova regra, o fim da oferta em 768 municípios e fatores como mensalidades mais elevadas e menor flexibilidade devem afastar parte significativa dos alunos, especialmente nas regiões Norte e Sul, onde 22,8% e 15,3% dos municípios, respectivamente, dependiam exclusivamente da EAD para ofertar o curso.
A estimativa é de que dezenas de milhares de estudantes deixem de ingressar na Enfermagem nos próximos anos, o que pode comprometer a formação de profissionais essenciais para o sistema de saúde. Em 2023, quase 193 mil alunos estavam matriculados na modalidade EAD deste curso.
“As consequências serão profundas e imediatas. O Brasil não pode abrir mão da interiorização do ensino superior, especialmente em áreas estratégicas como a saúde”, alertou o diretor-presidente da ABMES, Janguiê Diniz.
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