Oficina de agbê leva vivência com foco na cultura afro a Timóteo

A cidade de Timóteo se prepara para receber, nesta quarta-feira (18), uma oficina musical que promete ser uma verdadeira imersão cultural. Das 19h às 21h, o Dama Espaço Cultural abrirá suas portas para o evento “Toques de Agbê”, conduzido pela renomada artista Gio Paglia.

Com formação diversa como arte-educadora, percussionista, luthier e regente, Gio Paglia é uma referência internacional no ensino do agbê, um instrumento percussivo de origem africana. Ela traz para o Vale do Aço sua experiência acumulada ao longo de quase sete anos de pesquisa com o projeto Agbelas, que fundou e coordena.

A atividade, que acontecerá na rua Romualdo Cristiano Alves, nº 5, bairro Timirim, em frente à Praça do Coliseu, é fruto da colaboração entre a Cabaças Encantaria, Fino Trato Produção Cultural, Bloco Afoxé Ponto de Cultura e o próprio Dama Espaço Cultural.

Destinada a estudantes de percussão e entusiastas do agbê, a oficina tem vagas limitadas. As inscrições podem ser feitas com a produtora cultural Leila Cunha pelo telefone (31) 98829-9591. Para quem quiser saber mais, o perfil @cabacasencantaria no Instagram disponibiliza outras informações.

Durante o encontro, Gio adotará uma abordagem de ensino centrada em perspectivas afrocentradas, decoloniais e matriarcais, promovendo um espaço de aprendizado sensível e conectado às raízes ancestrais.

“É uma vivência musical que nasce da resistência e da ancestralidade”, destaca a artista.

A organização sugere que os participantes levem seu próprio agbê, mas garante instrumentos para empréstimo àqueles que não possuírem um. Importante destacar: mulheres negras periféricas contarão com 50% de desconto na inscrição.

Natural de Minas Gerais e com passagem marcante por Salvador (BA), Gio Paglia estudou na tradicional Escola Olodum, onde aprendeu com mestres como Gabi Guedes e Geraldo Marques. Criadora e regente da Orquestra de Agbês, já dividiu o palco com nomes como Carlinhos Brown e a ministra da Cultura, Margareth Menezes, em importantes festivais nacionais.

O evento reforça a importância da valorização cultural e do reconhecimento de práticas artísticas com raízes profundas na história afro-brasileira, trazendo luz a vivências que unem música, identidade e resistência.