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Prova ocorre em 9 e 16 de novembro, mas em Belém, Ananindeua e Marituba será em 30 de novembro e 7 de dezembro por causa da COP30
Um levantamento nacional revelou que o uso de ferramentas de inteligência artificial (IA) entre estudantes do ensino médio brasileiro já é uma prática comum — e crescente. Dados da 15ª edição da pesquisa TIC Educação mostram que 70% dos alunos que acessam a internet recorrem a plataformas como ChatGPT e Gemini para realizar pesquisas escolares, mas apenas 32% afirmam ter recebido algum tipo de orientação por parte das escolas sobre como utilizar essas tecnologias de forma ética e segura.
A pesquisa foi divulgada nesta segunda-feira (16) pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), ligado ao Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), entidade responsável pela coordenação de projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br).
O levantamento ouviu 7.476 estudantes, além de 945 gestores, 864 coordenadores pedagógicos e 1.462 professores de 1.023 escolas públicas e privadas, localizadas em áreas urbanas e rurais de todo o país. Foi a primeira vez que o estudo investigou o uso de IA por alunos na realização de pesquisas escolares.
A coleta de dados, realizada entre agosto de 2023 e março de 2024, apontou também que 37% dos estudantes dos ensinos fundamental e médio já utilizam ferramentas de IA em suas buscas. Entre os alunos dos anos finais do ensino fundamental, esse número sobe para 39%.
Em resposta a esse novo cenário, muitas escolas já começaram a discutir o uso da IA em reuniões com professores e famílias. Segundo a pesquisa, 68% dos gestores relataram ter promovido encontros com docentes e funcionários para tratar do uso de tecnologias digitais, enquanto 60% também reuniram pais, mães e responsáveis. Contudo, apenas 40% desses gestores afirmaram que o uso de ferramentas de IA foi pauta específica nas conversas.
Outro ponto abordado no estudo foi o uso de celulares nas instituições de ensino. Mesmo com a promulgação da Lei 15.100, de janeiro de 2025, que restringe o uso de dispositivos móveis em escolas, a pesquisa registrou mudanças significativas nas normas internas.
Em 2023, 28% das instituições proibiam o uso de celulares, e 64% permitiam o uso controlado em horários e espaços específicos. Em 2024, a porcentagem de escolas que proibiram totalmente o uso dos aparelhos subiu para 39%, enquanto aquelas que mantiveram uso restrito caíram para 56%.
Essa tendência é mais acentuada em escolas rurais, municipais e particulares. O uso de celulares caiu de 47% para 30% nas áreas rurais, de 32% para 20% em escolas municipais e de 64% para 46% nas particulares.
Mesmo entre as instituições privadas, tradicionalmente mais equipadas, o estudo identificou redução no uso de tecnologia. A presença de internet nas salas de aula, por exemplo, caiu de 70% em 2020 para 52% em 2024.
As informações completas da pesquisa TIC Educação estão disponíveis no site oficial do levantamento e mostram que, embora a IA esteja cada vez mais presente no cotidiano escolar, ainda há um caminho longo a ser percorrido na preparação de estudantes e professores para lidar com essas ferramentas de forma responsável.
Prova ocorre em 9 e 16 de novembro, mas em Belém, Ananindeua e Marituba será em 30 de novembro e 7 de dezembro por causa da COP30
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