Casos de coqueluche aumentam em Ipatinga; prefeitura reforça vacinação
Município já confirmou nove casos da doença em 2025; Secretaria de Saúde amplia prazo para imunização de grupos prioritários
Por Plox
19/02/2025 22h03 - Atualizado há 3 meses
A Prefeitura de Ipatinga emitiu um alerta sobre o aumento significativo dos casos de coqueluche no município, reforçando a importância da vacinação como principal forma de prevenção. Em 2025, já foram confirmados nove casos, um número muito superior ao registrado nos anos anteriores. Em 2024, apenas três casos foram contabilizados, enquanto em 2023 não houve registros. Já em 2022, dois casos haviam sido confirmados. Em casos graves, a doença pode levar ao óbito, especialmente em bebês e crianças pequenas. Você sabe quais são os sintomas da doença? A médica do hospital municipal de Ipatinga, Carmelinda Lobato, esclarece. Veja na Live.
Diante desse crescimento, a Secretaria de Saúde está intensificando as ações de imunização e ampliando o prazo para que os grupos prioritários possam se vacinar.
Vacinação é a principal estratégia de prevenção
A vacina contra a coqueluche está disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças de até seis anos, gestantes e profissionais da saúde. Além disso, trabalhadores da área da saúde que atuam em maternidades, ginecologia, obstetrícia, pediatria, UTI pediátrica e berçários, bem como profissionais da educação que trabalham com crianças de até quatro anos, têm até o dia 31 de março para se vacinarem.
O secretário de Saúde de Ipatinga, Walisson Medeiros, destacou a gravidade da doença e a importância da imunização. “A coqueluche é uma doença grave, que pode levar a complicações sérias, principalmente em bebês e crianças pequenas. A vacinação é a forma mais eficaz de proteção e estamos reforçando o chamamento para que todas as pessoas do grupo-alvo compareçam às unidades de saúde. Nossa meta é ampliar a cobertura vacinal e evitar novos casos no município”, afirmou.
Esquema vacinal e grupos prioritários
A vacina pentavalente, que protege contra coqueluche, difteria, tétano, hepatite B e influenza B, faz parte do calendário de imunização infantil. O esquema prevê três doses no primeiro ano de vida, aplicadas aos dois, quatro e seis meses de idade, com reforços aos 15 meses e aos quatro anos.
As gestantes também devem receber a vacina a partir da 20ª semana de gestação, mesmo que tenham sido imunizadas em gestações anteriores.
Coqueluche: sintomas e formas de transmissão
A coqueluche é uma doença infecciosa altamente transmissível, causada pela bactéria Bordetella pertussis. A transmissão ocorre pelo ar, através de gotículas expelidas na fala, tosse ou espirro de pessoas infectadas.
Os sintomas mais comuns incluem:
- Tosse intensa e prolongada
- Chiado na respiração
- Vômitos após a tosse
- Cianose (coloração azulada da pele)
- Apneia e engasgos, especialmente em bebês
Em casos graves, a doença pode levar a complicações sérias e até ao óbito, especialmente em bebês e crianças pequenas. O tratamento é feito com antibióticos, mas a melhor forma de proteção continua sendo a vacinação.
Com a ampliação da campanha de imunização, a Prefeitura de Ipatinga espera aumentar a cobertura vacinal e conter o avanço da doença no município.