CEO da Rumble desafia Alexandre de Moraes e afirma: "Nos veremos no tribunal"

Chris Pavlovski declarou que a plataforma não atenderá às ordens do ministro do STF e reforçou ação judicial nos EUA

Por Plox

19/02/2025 22h35 - Atualizado há 3 meses

O CEO da plataforma de vídeos Rumble, Chris Pavlovski, utilizou seu perfil na rede social X, nesta quarta-feira (19), para afirmar que a empresa não cumprirá o que chamou de "ordens ilegais" do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em sua publicação, Pavlovski ainda fez referência à ação judicial movida contra o magistrado nos Estados Unidos.

Ministro Alexandre de Moraes, do STF Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

Conflito com Moraes e ação nos EUA

A Rumble e a Trump Media, empresa ligada ao ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, acionaram a Justiça americana alegando que Moraes violou a soberania do país ao determinar a suspensão da conta do jornalista Allan dos Santos na plataforma. O processo tramita em um tribunal federal da Flórida.

De acordo com informações divulgadas pelo jornal Folha de S.Paulo, as empresas sustentam que o ministro utilizou ordens sigilosas para pressionar redes sociais americanas a removerem conteúdos e bloquearem Allan dos Santos em nível global. Em entrevista ao jornal, Pavlovski reforçou essa acusação.

– Moraes agora está tentando contornar completamente o sistema legal americano, utilizando ordens sigilosas de censura para pressionar redes sociais americanas a banir o dissidente político [Allan dos Santos] em nível global – declarou o CEO da Rumble.

Parceria entre Rumble e Trump Media

A Trump Media se uniu à Rumble na ação contra Moraes, argumentando que as restrições impostas à plataforma de vídeos no Brasil também impactam seus negócios. A Rumble é responsável por fornecer serviços essenciais à Truth Social, rede social criada por Trump.

A Rumble se apresenta como uma alternativa ao YouTube e ganhou destaque ao abrigar criadores de conteúdo que sofreram restrições em outras plataformas. Entre os nomes presentes na rede estão Paulo Figueiredo, Rodrigo Constantino e Bruno Aiub, conhecido como Monark.

Caso Allan dos Santos

O jornalista Allan dos Santos é investigado no Brasil por suposta disseminação de desinformação e ataques a ministros do STF. Contra ele, há um mandado de prisão preventiva, mas ele reside atualmente nos Estados Unidos, o que impede o cumprimento da ordem judicial brasileira.

A Rumble, que já foi mencionada em decisões do STF para a remoção de conteúdos, não tem representação no Brasil e, por isso, não atendeu às determinações da Justiça do país.

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