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POLíTICA

Copom eleva taxa básica de juros a 15%, maior nível em 20 anos

Decisão surpreende mercado, gera críticas dentro do governo e consolida Brasil como segundo país com maior juro real do mundo.

19/06/2025 às 20:25 — por Redação Plox

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A elevação da taxa básica de juros para 15% ao ano, definida nesta quarta-feira (18) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, motivou pronunciamentos de figuras centrais do governo e do setor econômico. A decisão surpreendeu o mercado, levando a taxa ao maior patamar em duas décadas e consolidando o Brasil como o segundo país com o maior juro real do mundo.

Reações dentro do governo federal

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, foi uma das vozes mais críticas à medida. Em declaração publicada nas redes sociais, Gleisi questionou o momento e a justificativa do aumento:

Gleisi Hoffmann, ministra de Relações Institucionais, critica aumento da taxa básica de juros, em pronunciamento público.

Gleisi Hoffmann, ministra de Relações Institucionais, critica aumento da taxa básica de juros, em pronunciamento público.

Foto: Reprodução

No momento em que o país combina desaceleração da inflação e déficit primário zero, crescimento da economia e investimentos internacionais que refletem confiança, é incompreensível que o Copom aumente ainda mais a taxa básica de juros. O Brasil espera que este seja de fato o fim do ciclo dos juros estratosféricos. – Gleisi Hoffmann, ministra da Secretaria de Relações Institucionais

Essa não é a primeira vez que Gleisi se manifesta contra o avanço da Selic. Enquanto presidia o Partido dos Trabalhadores (PT), ela também criticou decisões anteriores do Banco Central.

Banco Central sustenta justificativas para alta dos juros

De acordo com o Banco Central, o aumento busca conter pressões inflacionárias decorrentes da atividade econômica aquecida, ainda que haja leve desaceleração. A instituição também relaciona a decisão ao aumento dos gastos públicos e à instabilidade no cenário internacional.

As tensões globais, como a guerra comercial promovida pelo presidente dos EUA, Donald Trump, e o conflito no Oriente Médio, foram citadas como fatores que pressionam o preço do petróleo e impactam a inflação brasileira.

Ex-presidente do BC comenta decisão do Copom

O ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que deixou o cargo em dezembro sob críticas do atual governo, declarou que teria mantido a mesma postura se ainda estivesse no comando da autoridade monetária:

Eu poderia falar: ‘Viu? Me criticaram tanto e agora a taxa está maior’. Mas minha honestidade intelectual não me deixa embarcar nessa. Eu teria feito a mesma coisa. Acho que o ganho de credibilidade frente ao custo monetário era claramente favorável a este último ajuste, dada a necessidade de reverter as expectativas desancoradas. – Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central, ao blog de Andréia Sadi

Neutralidade prometida pelo presidente Lula

No anúncio de Gabriel Galípolo como novo presidente do Banco Central, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfatizou o compromisso de não interferir na condução da política monetária. Lula, que também já manifestou críticas aos juros elevados, reiterou a importância da autonomia do BC:

Por isso que quero te desejar boa sorte, que Deus te abençoe. Eu quero que você saiba que jamais, jamais haverá da parte da presidência qualquer interferência no trabalho que você tem que fazer no Banco Central. – Presidente Lula, dezembro de 2023

Até o momento, Lula não comentou publicamente a nova elevação da Selic.


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