Israel recebe últimos reféns vivos em troca de prisioneiros palestinos

Grupo terrorista Hamas entregou seis reféns israelenses à Cruz Vermelha como parte do cessar-fogo. Em contrapartida, Israel deve libertar 602 palestinos.

Por Plox

22/02/2025 14h46 - Atualizado há 3 meses

Seis reféns israelenses foram libertados pelo grupo terrorista Hamas na manhã deste sábado (22), como parte do acordo de cessar-fogo iniciado em 19 de janeiro na Faixa de Gaza. A entrega foi feita em três momentos distintos à Cruz Vermelha, responsável por transportá-los a Israel.


Imagem Foto: Redes Sociais


A primeira liberação ocorreu por volta das 5h, no horário de Brasília, em Rafah, cidade ao sul de Gaza, onde Tal Shoham e Avera Mengisto foram entregues. Algumas horas depois, às 7h40, Omer Shem, Eliya Cohen e Omer Wenkert foram liberados na região central de Gaza, em Nuseirat. O último refém, Hisham Al-Sayed, foi entregue pouco antes das 10h, sem cerimônia e sob circunstâncias ainda não esclarecidas.


Os reféns foram capturados em diferentes ocasiões. Quatro deles, Eliya Cohen, 27, Tal Shoham, 40, Omer Shem Tov, 22, e Omer Wenkert, 23, foram sequestrados durante o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023. Já Avera Mengisto, 39, e Hisham Al-Sayed, 36, estavam em poder do Hamas há quase uma década, após entrarem na Faixa de Gaza em situações desconhecidas.


A troca prevê que Israel liberte 602 prisioneiros palestinos como parte do acordo. No entanto, a negociação enfrentou desafios nos últimos dias, com momentos de tensão que quase resultaram no rompimento do cessar-fogo.


Na madrugada deste sábado, a família de Shiri Bibas confirmou que um dos corpos entregues pelo Hamas na sexta-feira (21) foi identificado como sendo dela. O grupo havia entregado anteriormente restos mortais erroneamente identificados como os de Bibas, sequestrada junto aos filhos, Ariel, de 4 anos, e Kfir, de 8 meses, no ataque de outubro. O Hamas alega, sem apresentar provas, que a mãe e as crianças foram mortas em um bombardeio israelense, mas Israel rejeita essa versão. Na sexta-feira (21), as Forças Armadas de Israel afirmaram que os meninos foram assassinados pelos terroristas.


A situação aumentou a tensão nas negociações, levando o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a prometer represálias caso o Hamas não entregue os corpos das vítimas, ainda que tenha decidido manter o acordo de cessar-fogo.


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