Prefeitos mineiros defendem exclusão de terceirizados da Lei de Responsabilidade Fiscal

Chefes do Executivo de Minas Gerais se reúnem em Brasília para apoiar mudanças no projeto de Lei de Responsabilidade Fiscal

Por Plox

22/05/2024 12h16 - Atualizado há 6 meses

Mais de 300 prefeitos de Minas Gerais participaram de uma reunião em Brasília com a bancada parlamentar do estado para discutir a aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLP) 98/23, que visa excluir as despesas com serviços terceirizados dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Atualmente, esses gastos são contabilizados como despesas com pessoal, mas o PLP propõe que sejam tratados como prestação de serviços especializados.

Foto: MAYRA/DIVULGAÇÃO

A deputada federal Nely Aquino (Pode-MG), relatora do projeto, destacou a importância dessa mudança. "Um dos temas importantes aqui foi a questão da terceirização. A deputada Nelly já se comprometeu, como relatora, de dar um encaminhamento mais sério possível para essa pauta", afirmou Marcos Bizarro, prefeito de Coronel Fabriciano e presidente da Associação Mineira de Prefeitos (AMM).

Marcha em defesa dos municípios e outras pautas

Os prefeitos mineiros integraram a comitiva que participou da 24ª Marcha em Defesa dos Municípios, organizada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM). Na ocasião, o prefeito Marcos Bizzarro foi empossado como vice-presidente da CNM. Durante a marcha, além da questão da terceirização, os prefeitos apresentaram uma pauta com 12 projetos prioritários, incluindo a prorrogação do prazo para o encerramento dos lixões nos municípios com menos de 50 mil habitantes, cuja data limite é 2 de agosto deste ano.

Outra demanda discutida foi a aprovação de um projeto que prevê um pagamento adicional de 1,5% do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) em março de cada ano. Além disso, os prefeitos mineiros defenderam a criação de um piso nacional para a enfermagem, destacando a necessidade urgente dessa regulamentação.

Proposta de enfrentamento às mudanças climáticas

Em uma iniciativa conjunta com prefeitos de todo o país, foi apresentada uma proposta de emenda à Constituição para enfrentar as mudanças climáticas. Essa proposta inclui a criação do Conselho Nacional de Mudança Climática, da Autoridade Climática Nacional e do Fundo Nacional de Mudança Climática. Este fundo seria financiado com 3% da arrecadação do Imposto sobre Produtos Industrializados e do Imposto de Renda, totalizando cerca de R$ 25 bilhões ao ano. A gestão seria realizada por um consórcio de municípios.

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