Vacinação contra gripe em Ipatinga ainda não chegou a 50% de crianças, grávidas e idosos

Para aumentar a cobertura vacinal no Brasil, o Senado aprovou a vacinação de crianças em escolas públicas

Por Plox

23/05/2024 19h48 - Atualizado há 6 meses

Após dois meses do início da vacinação contra a gripe em Ipatinga, 43,29% das pessoas dos grupos prioritários foram vacinadas, sendo que a meta é atingir 90%. Somando o número de crianças, grávidas, puérperas e idosos, 24.917 foram vacinados até essa quarta-feira (21), segundo a secretaria municipal de Saúde. No total, 43.312 pessoas foram vacinadas, incluindo os outros grupos e população geral (18.395). Nesta semana, o Senado aprovou a vacinação de crianças em escolas públicas para aumentar a cobertura vacinal no país. Veja os detalhes sobre a vacinação de cada grupo em Ipatinga e sobre o projeto que vai à sanção presidencial na Live.

 

Para facilitar o acesso da população à imunização, as salas de vacinação em diversas Unidades Básicas de Saúde estão ampliando seus horários de funcionamento em maio:
- Vale do Sol e Nova Esperança: 8h às 18h
- Barra Alegre, Jardim Panorama, Bom Jardim 2 e Vila Formosa: 8h às 19h
- Cidade Nobre e Iguaçu: 8h às 20h
- Bethânia, Bom Jardim 1, Bom Retiro, Canaã, Caravelas, Esperança 1, Esperança 2, Limoeiro, Planalto, Vila Celeste e Vila Militar: 8h às 21h

 

Veja como está a vacinação em cada grupo prioritário:

 

CRIANÇAS

GRÁVIDAS

PUÉRPERAS

IDOSOS

 

 

Projeto que institui vacinação nas escolas vai à sanção presidencial
O projeto de lei que cria o Programa Nacional de Vacinação nas Escolas Públicas foi aprovado pelo Senado por votação simbólica nessa terça-feira (22) e agora segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com objetivo de aumentar a cobertura vacinal de crianças no país, a medida determina que todas as escolas públicas, ou que obtêm recursos públicos, devem receber equipes de saúde para vacinação.

As escolas privadas também podem participar, basta manifestar interesse ao sistema de saúde local. De acordo com o relator da matéria, o senador Marcelo Castro (MDB-PI), a nova medida é necessária devido à queda na cobertura vacinal infantil no país.

“A vacinação infantil no país sofreu queda brusca de quase 20%, o que colocou o Brasil entre os 10 países com menor cobertura vacinal do mundo”, escreveu Castro no relatório, citando dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

O programa determina que as equipes de saúde locais devem ir às escolas para imunizar as crianças matriculadas nos ensinos infantil e fundamental, oferecendo as vacinas previstas para cada idade. As datas das campanhas nas escolas devem ser divulgadas com antecedência.

Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

 

O projeto também prevê a ampliação da imunização para jovens não matriculados e adultos da comunidade, conforme a disponibilidade de vacinas. Já o artigo 4º determina que as escolas devem enviar uma lista de alunos não vacinados à unidade de saúde e notificar os pais, ou responsáveis, para visitarem uma unidade de saúde; se não comparecerem em 30 dias, visitas domiciliares podem ser realizadas.

Senadores da oposição, a exemplo de Damares Alves (Republicanos/DF), Eduardo Girão (Novo-CE), e Rogério Marinho (PL-RN), criticaram esse artigo, justificando que isso obrigaria a vacinação das crianças. Para o relator, o projeto não impõe a obrigatoriedade, mas promove a conscientização da família para importância da imunização de crianças.

Acordo para veto
Para evitar a votação de uma emenda que previa excluir esse artigo 4º da proposta, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), disse que o presidente Lula vai vetá-lo. Isso porque, se alterado o texto, a medida teria que voltar para Câmara dos Deputados para nova análise.

O relator da emenda, senador Dr. Hiran (PP/RR), defendeu que “existe uma parcela da população, que a gente tem que respeitar, que tem um posicionamento diferente. Ninguém pode obrigar”.

Apesar do acordo, se manifestaram contra a aprovação do Programa Nacional de Vacinação nas Escolas os senadores Cleitinho (Republicanos/MG), Eduardo Girão, Rogerio Marinho e Damares Alves.
 

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