Gramado nega hotéis fechados e diz estar pronta para receber turistas
Declarações do prefeito causam confusão sobre situação do turismo na cidade
Por Plox
24/05/2024 15h59 - Atualizado há 6 meses
Após afirmar que 300 hotéis e 250 restaurantes em Gramado estavam fechados devido às chuvas, o prefeito Nestor Tissot retificou a informação. Em uma reunião virtual com outros prefeitos gaúchos e o governador Eduardo Leite, Tissot fez a declaração que foi posteriormente corrigida pelo secretário de Turismo do município, Ricardo Bertolucci Reginato. Segundo Reginato, o prefeito usou uma "figura de linguagem" e a cidade está pronta para receber visitantes.
Impacto das chuvas e recuperação
Gramado, como muitas cidades da Serra Gaúcha, enfrentou fortes chuvas em maio. Apesar disso, as áreas turísticas centrais, incluindo a Igreja, o cinema, o Lago Negro e a avenida Borges de Medeiros, não foram afetadas e continuam operando normalmente. “Evidente que houve situações de impacto [dentro] catástrofe climática [em Gramado], mas, ao mesmo tempo, toda a região turística não foi afetada,” afirmou Reginato à Agência Brasil.
Retomada das atividades turísticas
De acordo com Reginato, muitas rotas de acesso à cidade, como a Rota Romântica e os acessos de Caxias do Sul e Florianópolis, já foram restabelecidas. Ele ressaltou que a maioria dos estabelecimentos que fecharam temporariamente, devido à falta de turistas durante o período crítico das chuvas, reabrirão no fim de semana ou no feriado de Corpus Christi.
Gramado, o principal destino turístico do Rio Grande do Sul, possui a maior rede hoteleira do estado, com 216 meios de hospedagem, 227 restaurantes e 85 lanchonetes registrados no Observatório Turístico da cidade. Em 2023, a cidade recebeu mais de 8 milhões de visitantes.
Importância do turismo para a economia local
O turismo é crucial para a economia de Gramado, representando 86% da atividade econômica e empregando diretamente mais de 10 mil pessoas em uma população de 40 mil habitantes. A declaração inicial de Tissot sobre o fechamento da rede hoteleira gerou uma onda de cancelamentos de reservas, ameaçando a recuperação econômica da cidade.
“O turismo é a vida da cidade de Gramado. Para não criar uma segunda crise social, a gente precisa voltar a receber visitantes. A gente quer fazer com que o turismo seja uma mola propulsora para que a gente, de alguma forma, possa contribuir com a recuperação que o Rio Grande do Sul precisará fazer”, destacou o secretário Reginato.