Governo libera compra de 1 milhão de toneladas de arroz para garantir abastecimento nacional

Medida visa assegurar alimentos no país devido a fenômenos climáticos no Rio Grande do Sul

Por Plox

26/05/2024 10h48 - Atualizado há 6 meses

O governo federal, por meio de uma medida provisória assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última sexta-feira (24), autorizou a compra de até um milhão de toneladas de arroz estrangeiro. A decisão tem como objetivo garantir o abastecimento alimentar em todo o Brasil, ameaçado pelos efeitos do fenômeno climático que impactou o Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional de arroz.

Marcello Casal :Agência Brasil

Para essa operação, foram liberados R$ 7,2 bilhões, com o preço do arroz fixado em R$ 4 por quilo, garantindo que o cereal chegue diretamente ao consumidor final em todo o território nacional.

Distribuição ao consumidor

A medida permite ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), adquirir o arroz. O estoque será destinado à venda direta em mercados de vizinhança, supermercados, hipermercados e estabelecimentos comerciais com ampla rede de distribuição nas regiões metropolitanas.

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, destacou a relevância da iniciativa: “Esta medida provisória é um passo crucial para garantir a segurança alimentar de todo o povo brasileiro”, afirmou.

Posição do rio grande do sul

Apesar da ação federal, o governo do Rio Grande do Sul assegura que a safra de arroz do estado é suficiente para atender a demanda nacional. Dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) indicam que a safra 2023/2024 deve alcançar cerca de 7,1 milhões de toneladas, próximo aos 7,2 milhões de toneladas da safra anterior, mesmo com as perdas ocasionadas pelas inundações em maio.

“Mesmo considerando as perdas, temos uma safra praticamente idêntica à anterior, o que nos leva a calcular que não haverá desabastecimento de arroz”, declarou o presidente do Irga, Rodrigo Machado.

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