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O impacto da nova tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos, por decisão do ex-presidente Donald Trump, já se manifesta fortemente em indústrias brasileiras de diferentes setores, provocando paralisações na produção, redirecionamento de exportações e a concessão de férias coletivas.
Com início previsto para 1º de agosto, a medida levou empresas do setor siderúrgico, de alimentos e da madeira a tomar decisões drásticas. Em Minas Gerais, a indústria de ferro gusa, essencial na produção de aço e ferro fundido, foi uma das mais atingidas. Em Matozinhos, na região metropolitana de Belo Horizonte, o último carregamento de minério de ferro foi enviado na sexta-feira (25). O forno da fundição será desligado no domingo (27) e os trabalhadores já foram colocados em férias coletivas.
Carlos Alberto Souza, operador de sistemas de abastecimento da empresa, demonstrou preocupação com a situação. “Vai ser difícil relaxar”, afirmou, diante da incerteza sobre o futuro das exportações para os Estados Unidos.
De janeiro a junho de 2025, as vendas brasileiras de ferro gusa para o mercado americano ultrapassaram US$ 600 milhões. Com o novo imposto, empresários consideram inviável manter os embarques sob essas condições.
No Mato Grosso do Sul, a reação também foi imediata. Frigoríficos locais, que tinham os Estados Unidos como principal destino da carne bovina, passaram a direcionar seus produtos para regiões como a China, Sudeste Asiático e Oriente Médio. O sindicato dos produtores do estado declarou que o novo tributo inviabiliza os negócios com o mercado norte-americano.
Outro setor atingido é o madeireiro. Em Santa Catarina, uma empresa com mais de 60 anos de operação e responsável pelo envio de cerca de 65 contêineres mensais aos EUA tomou uma medida inédita: concedeu férias coletivas por tempo indeterminado. A justificativa foi a queda brusca na demanda dos americanos logo após o anúncio da tarifa.
Enquanto o governo federal tenta reverter os efeitos da medida por meio de missões diplomáticas e articulações internacionais, a situação nas fábricas brasileiras revela um cenário de incerteza econômica. A combinação de suspensão de atividades, mudanças no destino das exportações e redução temporária da produção sinaliza efeitos diretos sobre o emprego, a economia e a balança comercial do país.
O tarifaço de Trump, com repercussões imediatas e profundas, acende o alerta para a dependência do Brasil em determinados mercados e destaca os desafios que o setor industrial enfrenta em um cenário internacional cada vez mais volátil.
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