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Saúde

Estudante perde a visão após consumir gin adulterado com metanol em SP

Ministério da Justiça alerta bares e distribuidoras depois de mortes e internações por bebidas contaminadas

29/09/2025 às 11:22 por Redação Plox
O estudante Diogo Marques, de São Paulo, viveu momentos de desespero depois de ingerir um gin misturado com energético e despertar sem conseguir enxergar. Ele relatou em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, que ao abrir os olhos encontrou apenas escuridão.
“Acordei, abri o olho e estava tudo preto, com uma dor de cabeça muito forte”

, disse ele, descrevendo o episódio de cegueira temporária.

Imagem Foto: Pixabay


A situação ocorreu em meio a uma série de casos ligados ao consumo de bebidas adulteradas no estado. Duas pessoas já morreram por intoxicação e outras dez estão sob investigação. Diogo precisou ser internado por três dias, depois que exames confirmaram a presença de metanol em seu sangue. Um de seus amigos, que também consumiu a mesma bebida, está hospitalizado há quase um mês em estado gravíssimo, sem fluxo cerebral e dependente de ventilação mecânica, segundo relatou a mãe de Rafael.


Os jovens compraram as bebidas em uma adega que já frequentavam regularmente. A suspeita é de que o metanol encontrado nelas tenha origem em estoques clandestinos que antes eram usados para adulterar combustíveis. A Associação Brasileira de Combate à Fiscalização (ABCF) apontou que o PCC pode ter revendido esse material para destilarias ilegais, transformando-o em fonte de lucro e risco à saúde pública. Em nota, a entidade destacou:
“A facção e seus parceiros podem, eventualmente, ter revendido esse metanol a destilarias clandestinas e quadrilhas de falsificadores de bebidas, obtendo lucros milionários em detrimento da saúde dos consumidores.”


O metanol é um líquido inflamável, incolor e de odor semelhante ao álcool comum, o que dificulta sua identificação. Segundo a Sociedade Química Americana, ele é usado principalmente como combustível e na produção de biodiesel. No Brasil, sua utilização legal não inclui bebidas alcoólicas.


Diante da gravidade dos casos, o Ministério da Justiça e Segurança Pública emitiu uma recomendação urgente a bares, distribuidoras e estabelecimentos de São Paulo e arredores, exigindo maior vigilância sobre a origem das bebidas. Até o momento, a Secretaria de Saúde do estado ainda não esclareceu como ocorreram as contaminações.


O episódio reacendeu o alerta sobre os perigos da falsificação de bebidas e sobre a necessidade de fiscalização mais rígida para evitar novas vítimas.

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