Lula cogita nomear Rogério Favreto para o STF com a aposentadoria antecipada de Barroso
Presidente avalia escolha de desembargador conhecido por decisão em favor de sua soltura em 2018, enquanto setores pressionam por mais mulheres na Corte
A suspeita de que o metanol importado de forma irregular pelo PCC possa ter chegado também às bebidas alcoólicas foi levantada pela Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF) em uma nota divulgada neste domingo (28).
Segundo a Secretaria de Saúde de São Paulo, duas pessoas morreram após consumir bebidas adulteradas com a substância. Uma das vítimas estava na capital e a outra em São Bernardo do Campo, na região metropolitana. Além disso, dez casos adicionais estão em investigação, todos na cidade de São Paulo.
O alerta da associação surge em meio às descobertas da maior operação contra o crime organizado já realizada no país, que revelou como o PCC utilizava metanol contrabandeado para adulterar combustíveis. Em alguns postos fiscalizados, os níveis do produto em gasolina e etanol superavam muito o limite de 0,5% estabelecido pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).
No anuário da falsificação da ABCF de 2025, o setor de bebidas aparece como o mais prejudicado pelo mercado ilegal. As perdas somaram cerca de R$ 88 bilhões no último ano — sendo R$ 29 bilhões em tributos não arrecadados e R$ 59 bilhões em prejuízos de faturamento para a indústria.
As investigações apontam que o metanol chegava ao Brasil pelo Porto de Paranaguá, no Paraná, com documentos indicando destinação a indústrias químicas ou de biodiesel. No entanto, motoristas desviavam o produto diretamente para postos de combustíveis na Grande São Paulo e em outras regiões, escapando da fiscalização.
O metanol é um líquido incolor, inflamável e altamente tóxico. Mesmo pequenas doses ingeridas podem causar danos graves. No organismo, a substância se transforma em formaldeído e ácido fórmico, compostos capazes de provocar cegueira, convulsões, coma e até a morte. A ingestão de 80 gramas pode ser letal em casos não tratados, e sintomas visuais podem aparecer com a metade dessa quantidade.
Diante do risco, o Ministério da Justiça e Segurança Pública recomendou atenção redobrada a estabelecimentos que comercializam bebidas alcoólicas em São Paulo e arredores. A nota técnica publicada pela pasta pede que consumidores desconfiem de produtos com lacres mal vedados, erros de impressão nos rótulos ou preços muito abaixo do mercado.
"Sintomas como visão turva, dor de cabeça e náusea devem ser tratados como sinais de suspeita de adulteração", ressalta o documento.
Caso ocorram, a orientação é buscar atendimento médico imediato e acionar o Disque-Intoxicação. Além disso, comerciantes devem interromper a venda dos lotes suspeitos, isolar os produtos e preservá-los para perícia, comunicando autoridades como Vigilância Sanitária, Polícia Civil, PROCON e Ministério da Agricultura.
As autoridades reforçam que a atuação conjunta entre governo, setor privado e consumidores é essencial no enfrentamento à falsificação, especialmente diante do avanço das ações do crime organizado nesse mercado ilegal.
Presidente avalia escolha de desembargador conhecido por decisão em favor de sua soltura em 2018, enquanto setores pressionam por mais mulheres na Corte
Presidente avalia escolha de desembargador conhecido por decisão em favor de sua soltura em 2018, enquanto setores pressionam por mais mulheres na Corte