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Economia

Dólar recua com desemprego em baixa no Brasil e incertezas fiscais nos EUA

Cotação da moeda americana cai diante da menor taxa de desocupação no Brasil e temor de paralisação do governo norte-americano

30/09/2025 às 12:22 por Redação Plox

Na manhã desta terça-feira (30), o dólar registrava queda de 0,1% e era negociado a R$ 5,317, em meio à repercussão de dados econômicos positivos no Brasil e à preocupação internacional com uma possível paralisação do governo dos Estados Unidos, o chamado 'shutdown'.

Imagem Foto: Agência Brasil


Na sessão anterior, a moeda norte-americana já havia recuado 0,31%, encerrando o dia cotada a R$ 5,322. Com os movimentos recentes, o dólar acumula desvalorização de 1,85% em setembro e de 13,88% no ano frente ao real.


Enquanto isso, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), iniciou o dia com otimismo. Na segunda-feira (29), o indicador fechou em alta de 0,61%, aos 146,3 mil pontos, após atingir um recorde intradiário de 147.558,22 pontos. Com o resultado, o índice acumula ganho de 3,48% no mês e 21,66% em 2025.


O desempenho do mercado é influenciado pela divulgação dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), que mostraram taxa de desemprego de 5,6% em agosto — a menor desde o início da série histórica em 2012, repetindo o índice de julho. O número de pessoas desocupadas caiu para 6,084 milhões, também o menor patamar da série.


A população ocupada chegou a 102,4 milhões, com aumentos de 0,5% no trimestre e 1,8% no acumulado do ano. Esses números reforçam a percepção de estabilidade econômica no Brasil e impactam diretamente a cotação do dólar.


No cenário externo, os olhos dos investidores se voltam para os Estados Unidos, onde cresce o risco de um 'shutdown'. A paralisação do governo federal ocorre quando o Congresso não aprova a lei orçamentária nem um crédito temporário para manter os gastos públicos, obrigando a suspensão parcial das atividades do governo. Serviços como parques nacionais, órgãos científicos como a Nasa e milhares de funcionários públicos podem ser afetados.


Na segunda-feira (29), o vice-presidente norte-americano, J.D. Vance, declarou que “o governo caminha para um shutdown” por falta de acordo com os democratas, que defendem mudanças na área da saúde como condição para aprovar uma extensão de gastos. Os republicanos, por sua vez, propuseram estender o orçamento apenas até 21 de novembro.


Outro ponto de atenção no mercado internacional é a divulgação do relatório Jolts (Job Openings and Labor Turnover Survey), que monitora o número de vagas de trabalho em aberto nos EUA. Em julho, houve uma redução de 176 mil postos disponíveis em relação a junho, totalizando 7,18 milhões — abaixo das expectativas do mercado, que eram de 7,4 milhões.


A queda no número de vagas em aberto pode sinalizar uma desaceleração no ritmo de contratações pelas empresas norte-americanas, o que influencia as expectativas sobre a política de juros do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA.


Combinando os bons indicadores de emprego no Brasil e as incertezas fiscais nos Estados Unidos, o mercado brasileiro se beneficia de um cenário de maior confiança interna e cautela no cenário externo, contribuindo para a valorização do real frente ao dólar e a manutenção do otimismo na Bolsa de Valores.

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