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Uma série de casos envolvendo a ingestão de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol colocou São Paulo em estado de alerta. Em coletiva de imprensa nesta terça-feira (30), o governador Tarcísio de Freitas informou que cinco mortes estão sendo analisadas por possível intoxicação com a substância. Destas, uma já foi confirmada.
De acordo com os dados mais recentes, o estado soma 22 ocorrências, entre confirmadas e suspeitas. Dessas, 17 ainda seguem em apuração. A vítima que teve o óbito confirmado morreu na capital paulista. Outros quatro casos, todos com suspeita de ligação com bebidas falsificadas, seguem sob investigação, sendo um deles registrado em São Bernardo do Campo, mas com indícios de que o consumo da substância adulterada tenha ocorrido em São Paulo.
“São pessoas que fraudam rotineiramente bebidas e, como a gente tem falado, é um problema estrutural”
A situação levou o governo a iniciar o fechamento cautelar de estabelecimentos comerciais, com o objetivo de rastrear a origem das bebidas suspeitas. A medida faz parte de uma força-tarefa para conter o avanço dos casos e proteger os consumidores.
A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Mariângela Batista Galvão Simão, também participou da coletiva e fez um alerta nacional: “O metanol é extremamente tóxico, não é uma substância para ser ingerida e pode causar efeitos letais. Este é um momento de alerta. Todo o Brasil está em atenção”, declarou.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, determinou a abertura de um inquérito pela Polícia Federal para investigar a origem e a cadeia de distribuição do metanol envolvido nos casos.
Segundo a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos (Senad), todos os episódios registrados em São Paulo estão ligados ao consumo de bebidas alcoólicas falsificadas. A Associação Brasileira de Combate à Fiscalização (ABCF) aponta que a substância usada nas adulterações pode ter origem ilegal, sendo possivelmente o mesmo metanol importado de forma clandestina e anteriormente associado à adulteração de combustíveis.
O metanol, embora presente em baixas concentrações na natureza — em frutas, vegetais e até no corpo humano —, é altamente perigoso quando ingerido em grandes quantidades. A substância é utilizada, legalmente, na fabricação de produtos como tintas, solventes, plásticos, anticongelantes e até biodiesel, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Com características incolores e inflamáveis, o metanol tem odor semelhante ao de bebidas alcoólicas comuns, o que dificulta sua identificação.
As autoridades continuam empenhadas em esclarecer a cadeia de eventos que levou às intoxicações. Enquanto isso, o apelo é para que a população redobre a atenção quanto à procedência das bebidas consumidas.
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