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SAúDE

Brasil é reconhecido como livre de febre aftosa sem vacinação

Certificado da OMSA reforça sanidade e amplia mercados de carne brasileira

06/06/2025 às 18:12 — por Redação Plox

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O Brasil foi oficialmente reconhecido nesta sexta-feira (6) como livre de febre aftosa sem vacinação, ao receber o certificado durante a 92ª Sessão Geral da Assembleia Mundial de Delegados da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), em Paris. O documento foi entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, consolidando um marco para a sanidade agropecuária nacional.

Lula e Fávaro recebem certificado de país livre de febre aftosa sem vacinação em Paris, reforçando a sanidade agropecuária do Brasil.

Lula e Fávaro recebem certificado de país livre de febre aftosa sem vacinação em Paris, reforçando a sanidade agropecuária do Brasil.

Foto: Reprodução

Status internacional abre portas para carne brasileira

O novo status sanitário representa um avanço estratégico para a ampliação dos mercados internacionais. Países como Japão, Filipinas e Indonésia já demonstraram interesse em importar miúdos bovinos brasileiros, segundo associações do setor. Isso porque diversos compradores globais exigem origem comprovada de áreas livres da doença sem vacinação.

Este é um dia histórico, comprovando a força da sanidade agropecuária brasileira. – Carlos Fávaro, ministro da Agricultura

A conquista obtida em Paris reforça a posição do Brasil como maior exportador mundial de carne bovina. Para a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), o reconhecimento coloca o país em um novo patamar no comércio global:

Países como Filipinas e Indonésia já manifestaram interesse imediato em importar miúdos bovinos com base nesse novo status sanitário. E estamos utilizando essa conquista como um ativo estratégico em negociações com mercados altamente exigentes, como o Japão. – Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec)

Histórico: do controle rigoroso à nova certificação

O caminho até a certificação internacional foi longo. Desde 2008, o Brasil detinha o título de livre da febre aftosa, porém ainda dependia da vacinação dos rebanhos. Santa Catarina foi o pioneiro, reconhecido já em 2007 como zona livre sem vacinação.

A nova certificação garante reconhecimento mundial do esforço sanitário brasileiro, inclusive após décadas de campanhas de vacinação, monitoramentos rígidos e cooperação entre governos estaduais, produtores e entidades setoriais.

Este é um momento histórico para a cadeia agroindustrial da carne bovina, após décadas de promoção ativa da vacinação e de controles sanitários nos rebanhos. – Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo)

Impactos econômicos e necessidade de ajustes

Além de facilitar a entrada do produto nacional em mercados exigentes, o status pode reduzir custos para produtores e estados, conforme avaliação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O produtor rural também pode ser beneficiado com remuneração superior, considerando que mercados como o japonês pagam mais pelo produto certificado.

Por outro lado, a Abiec apontou que o governo federal terá de renegociar certificados sanitários com diversos países, o que pode demandar ajustes no curto prazo.

Enfrentamento e controle da febre aftosa

A febre aftosa é uma doença viral altamente contagiosa, afetando animais de casco fendido como bovinos, búfalos, caprinos, ovinos e suínos. Caracteriza-se por febre e aparecimento de vesículas dolorosas na boca e nos pés dos animais.

Em casos de foco, os protocolos exigem a interdição imediata das propriedades e o abate preventivo dos rebanhos, medida semelhante à adotada no controle da gripe aviária. A doença restringe comercializações e exige vigilância contínua.

O último foco registrado de febre aftosa no Brasil ocorreu em 2006, nos estados do Paraná e Mato Grosso do Sul.

O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de carne bovina, e esse status garante que continuemos contribuindo para alimentar pessoas em todo o mundo. – Dr. Marcelo de Andrade Mota, Delegado da OMSA e Diretor do Ministério da Agricultura

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