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19/06/2025 20:25
A tensão entre Estados Unidos e África do Sul atingiu novo patamar nesta quarta-feira (21), quando o presidente americano Donald Trump recebeu o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa na Casa Branca e, num gesto incomum na diplomacia internacional, exibiu vídeos que supostamente mostrariam crimes contra brancos no país africano.
No centro da controvérsia está a acusação feita por Trump de que o governo sul-africano estaria promovendo um "genocídio branco" contra fazendeiros, especialmente durante a implementação de uma reforma agrária que visa corrigir desigualdades históricas na distribuição de terras.
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O governo sul-africano nega veementemente qualquer tipo de perseguição sistemática contra a população branca e rejeita a alegação de que esse grupo seja alvo desproporcional de crimes violentos. Especialistas em direitos humanos reforçam que não existem evidências concretas que sustentem as acusações do presidente americano.
A crise entre os dois países não começou agora. Desde o início de 2025, Trump tem intensificado críticas públicas e adotado medidas punitivas contra o governo sul-africano. Em fevereiro, o presidente americano anunciou o corte da assistência financeira à África do Sul, sob a justificativa de que o governo local estaria "confiscando terras" e tratando "certas classes de pessoas muito mal".
A situação se agravou em março, quando o embaixador sul-africano nos Estados Unidos foi expulso do país, acusado de "explorar questões raciais". Na ocasião, o secretário de Estado Marco Rubio compartilhou uma reportagem sugerindo que o diplomata teria classificado Trump como líder de um movimento de supremacia branca.
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Um dos episódios mais controversos ocorreu em 12 de maio, quando 59 cidadãos brancos sul-africanos chegaram aos Estados Unidos com status de refugiados. Trump declarou publicamente que todos eram vítimas de "discriminação racial" em seu país de origem.
"Estamos oferecendo refúgio a pessoas que sofrem perseguição real, não aquela inventada pela mídia." - afirmou Trump na ocasião.
A decisão provocou forte reação de organizações de direitos humanos. A Human Rights Watch classificou a medida como uma "distorção racial cruel", destacando que milhares de refugiados negros, muitos fugindo de zonas de guerra e perseguição comprovada, tiveram pedidos de asilo negados pelo governo americano no mesmo período.
Durante o encontro desta quarta-feira, Ramaphosa demonstrou surpresa diante dos vídeos apresentados pela equipe da Casa Branca, afirmando que nunca havia visto aquelas imagens antes. O presidente sul-africano manteve sua postura de rejeitar as acusações.
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Após a reunião, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da África do Sul foi enfático ao declarar que não há "confisco de terras" no país, como alega Trump. De acordo com o jornal The New York Times, outro representante do governo sul-africano sugeriu que as alegações sobre "genocídio branco" poderiam ser esclarecidas através de uma investigação independente.
As acusações de Trump estão direcionadas especificamente à suposta perseguição de membros da comunidade afrikaner — grupo formado por descendentes de colonos europeus, principalmente holandeses, alemães e franceses, que migraram para a África do Sul no século 17. Atualmente, os afrikaners representam aproximadamente 4% da população sul-africana, cerca de 2,5 milhões de pessoas em um país com mais de 60 milhões de habitantes.
O pano de fundo dessa controvérsia é a profunda desigualdade na distribuição de terras, um legado do período colonial e do regime de apartheid que vigorou oficialmente até o início da década de 1990. Mesmo após três décadas do fim da segregação racial institucionalizada, os brancos ainda controlam uma parcela desproporcional das terras agrícolas do país.
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Dados recentes indicam que os brancos possuem aproximadamente três quartos das terras agrícolas de propriedade plena na África do Sul. Em contraste, a população negra, que representa mais de 80% dos habitantes do país, detém apenas 4% dessas áreas.
Para tentar corrigir esse desequilíbrio histórico, o governo sul-africano aprovou recentemente uma lei de reforma agrária. Elon Musk, bilionário nascido na África do Sul e aliado de Trump, criticou a iniciativa, classificando-a como "leis racistas de propriedade".
O governo da África do Sul tem negado consistentemente que esteja promovendo qualquer forma de perseguição sistemática contra a população branca. Nem mesmo o partido político que representa oficialmente os interesses dos afrikaners e da comunidade branca sul-africana endossa a narrativa de genocídio.
Segundo a BBC, informações falsas sobre um suposto genocídio branco na África do Sul circulam entre grupos de extrema-direita há muitos anos, incluindo durante o primeiro mandato de Trump, entre 2017 e 2021. Em fevereiro de 2025, um juiz sul-africano também refutou formalmente essa alegação em uma decisão judicial.
"As acusações de genocídio não encontram sustentação em qualquer evidência concreta ou análise jurídica séria." - declarou o magistrado em sua decisão.
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As estatísticas oficiais sobre violência na África do Sul contradizem a narrativa de perseguição racial contra brancos. De acordo com dados divulgados pela BBC, entre outubro e dezembro de 2024, foram registrados 6.953 assassinatos no país. Desse total, apenas 12 ocorreram em ataques a fazendas, sendo que somente uma das vítimas era um fazendeiro.
Especialistas em segurança pública destacam que a violência na África do Sul atinge indiscriminadamente todos os grupos raciais, com a grande maioria das vítimas sendo negras e de baixa renda. A alta criminalidade está mais relacionada a fatores socioeconômicos, como desigualdade e pobreza, do que a motivações raciais.
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