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EMPREGO

Emprego na indústria recua após 18 meses de estabilidade, aponta CNI

Setor industrial apresenta queda de 0,4% no emprego em abril e uso das fábricas cai para 77,9%, refletindo desaquecimento influenciado por juros altos.

06/06/2025 às 19:59 — por Redação Plox

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O emprego na indústria encerrou um ciclo de 18 meses de estabilidade e apresentou queda de 0,4% em abril, segundo levantamento divulgado nesta sexta-feira (6) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O estudo abrangeu 12 estados, responsáveis por 94% do PIB industrial brasileiro. O resultado revela sinais de freio no setor, que também registrou recuo no índice de ocupação do parque fabril durante o mesmo período.

Funcionários trabalham em linha de montagem industrial de veículos, ilustrando o relatório da CNI sobre a recente queda de empregos no setor.

Funcionários trabalham em linha de montagem industrial de veículos, ilustrando o relatório da CNI sobre a recente queda de empregos no setor.

Foto: Reprodução

Diminuição no emprego e uso das fábricas preocupa setor

De acordo com Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI, a retração do emprego industrial, embora aparentemente tímida, é marcada por seu caráter inusitado após um longo período de crescimento.

Basta lembrar que o emprego industrial avançou por 17 meses consecutivos, ficou estável em março e agora sofre retração. Este movimento reflete claramente uma desaceleração do setor. – Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI

Azevedo destaca que queda de 0,6 ponto percentual no uso do parque fabril, agora em 77,9%, é mais um alerta em relação ao desaquecimento industrial.

Juros elevados ajudam a frear atividade industrial

Além da diminuição nos postos de trabalho e nas horas trabalhadas, a indústria está impactada pelo atual cenário de juros elevados. Em maio, o Banco Central elevou a taxa Selic para 14,75% ao ano, o maior patamar em quase duas décadas.

Segundo o BC, o ritmo mais lento da economia faz parte de uma estratégia para conter a inflação e permitir que ela convirja para a meta estipulada de 3% ao ano.

O crescimento mais contido da economia é necessário para controlar a inflação e garantir que o país retome a trajetória desejada. – Ata do Copom, Banco Central

Projeções apontam para expansão modesta do PIB

Estimativas do mercado projetam crescimento de 2,13% em 2025, abaixo dos 3,4% registrados em 2023. Já o Banco Central trabalha com uma previsão ainda mais cautelosa: expansão de 1,9% para este ano.

Segundo a mais recente ata do Comitê de Política Monetária (Copom), o chamado "hiato do produto" permanece positivo, indicando que a economia ainda opera acima do nível considerado seguro para não haver pressão inflacionária.

O BC aponta que os juros elevados já estão contribuindo para o arrefecimento da atividade econômica, efeito que deve se refletir mais fortemente sobre o emprego nos próximos meses.

O cenário, portanto, é de alerta para a indústria nacional, que convive com menor demanda interna, uso reduzido da capacidade produtiva e cautela quanto aos efeitos dos juros na geração de vagas.


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